18 de out. de 2011

Deficiência de vitamina D pode antecipar idade da menarca, segundo pesquisa publicada pelo The American Journal of Clinical Nutrition

Deficiência de vitamina D pode antecipar idade da menarca, segundo pesquisa publicada pelo The American Journal of Clinical Nutrition

Pesquisa publicada pelo The American Journal of Clinical Nutrition mostra que a menarca precoce, um fator de risco para a doença cardiometabólica e o câncer, pode ser influenciada pela deficiência de vitamina D no organismo.
A latitude, que influencia a exposição ao sol, é inversamente proporcional à idade da menarca. Esta associação pode estar relacionada à vitamina D.
A associação entre vitamina D e a ocorrência da menarca foi avaliada em um estudo prospectivo em meninas de Bogotá, na Colômbia. Dosagens da concentração de 25-hidroxivitamina D [25 (OH) D] em uma amostra aleatória de 242 meninas (idade média de 8,8 anos ± 1,6 anos) foram realizadas e foi feito um acompanhamento por uma média de 30 meses. As participantes foram questionadas periodicamente sobre a ocorrência e data da menarca. A referência para as dosagens de 25 (OH) D foram classificadas como <50 nmol / L (deficiente), ≥ 50 e <75 nmol / L ou ≥ 75 nmol / L (suficiente). A incidência da menarca foi comparada entre os grupos.
Os resultados mostraram um total de 57% das meninas no grupo com deficiência de vitamina D atingindo a menarca durante o seguimento, em comparação com 23% das meninas com vitamina D classificada como suficiente. Após ajustes para idade e índice de massa corporal (IMC), a probabilidade de ocorrência da menarca foi duas vezes maior nas meninas com deficiência de vitamina D do que em meninas com vitamina D suficiente.
Concluiu-se que a deficiência de vitamina D está associada à idade mais precoce de ocorrência da menarca.

5 de out. de 2011

Decisão Sobre Emagrecedores

 

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, nesta terça-feira, em Brasília, pela retirada do mercado brasileiro dos medicamentos anorexígenos (anfepramona, femproporex e manzidol). A sibutramina, por sua vez, será mantida, mas deverá ser vendida com maior rigor em sua prescrição. Ainda, segundo a agência, haverá prazo para que as substâncias saiam do mercado.
De acordo com o Dr. Ricardo Meirelles, presidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM,a Sociedade é contra a retirada de qualquer um destas medicamentos neste momento. "Existem, atualmente, poucas alternativas de tratamento da obesidade, que é uma doença grave que necessceita de avaliação caso a caso. Dessa forma, retirar recursos terapêuticos apenas prejudica o tratamento de pacientes que precisam perder peso", afirmou.
Em relação ao aumento do controle da sibutramina, o endocrinologista acredita que também pode ser prejudicial no tratamento da obesidade. "A informação que tive é que a complexidade será grande e que tanto o paciente, quanto o médico, deveriam assinar um termo de consentimento, o que não faz o menor sentido. É importante, sim, que os especialistas que prescrevem o medicamento saibam respeitar todas as contraindicações", disse.
Para o Dr. Ricardo, a manutenção da sibutramina é fruto de um trabalho de esclarecimento e informação sobre os reais beneficios e riscos dos medicamentos.
Para a presidente da Abeso, Dra. Rosana Radominski, "a retirada de três dos quatro medicamentos de ação central, e maior restrição do uso da sibutramina deixarão um grande número de obesos sem opção terapêutica". A endocrinologista, que está no Congresso Americano de Obesidade, comentou pela internet a decisão: "Os pacientes com menor poder aquisitivo serão os mais prejudicados, porque não poderão obter o único medicamento que não têm ação central (orlistate) tendo em vista seu alto custo. O Conselho Federal de Medicina em conjunto com o Ministério Público entrarão com uma liminar para suspender a decisão tomada pela ANVISA".

Fonte: http://www.sbem.org.br/

2 de out. de 2011

Maçã, pera, banana ou couve-flor ajudam a prevenir o acidente vascular cerebral (AVC), segundo pesquisa publicada pelo Stroke

 
 
Maçã, pera, banana ou couve-flor ajudam a prevenir o acidente vascular cerebral (AVC), segundo pesquisa publicada pelo Stroke
A cor da parte comestível de frutas e vegetais reflete a presença de compostos bioativos como, por exemplo, carotenoides, antocianinas, flavonoides, etc. Mas ainda não se conhece quais os grupos de frutas ou vegetais que mais colaboram para a prevenção do acidente vascular cerebral1. O presente estudo avaliou a associação entre o consumo dos diferentes grupos de frutas e vegetais, separados por cor da parte comestível, durante dez anos, e verificou a incidência2 de acidente vascular cerebral1 (AVC).
O estudo prospectivo, de coorte3, publicado no periódico Stroke, incluiu 20.069 homens e mulheres, entre 20 e 65 anos, livres de doenças cardiovasculares4 no início da pesquisa. Os participantes preencheram questionário detalhado sobre hábitos alimentares. Foi calculada a incidência2 de AVC utilizando a análise multivariada de Cox com ajustes para idade, sexo, estilo de vida e fatores dietéticos.
Durante 10 anos de acompanhamento, 233 novos casos de acidente vascular cerebral1 foram documentados.
As frutas e os vegetais foram classificados em quatro grupos de cores:
  • Grupo 1: verde
  • Grupo 2: laranja e amarelo.
  • Grupo 3: vermelho e roxo.
  • Grupo 4: branco.
A média de consumo para cada grupo foi, respectivamente, de: 62g/dia; 87g/dia; 57g/dia e 118g/dia.
Os grupos 1, 2 e 3 não estavam relacionados com a incidência2 de acidente vascular cerebral1. Já o grupo de frutas e vegetais com a parte comestível na cor branca foi inversamente associado com a incidência2 de acidente vascular cerebral1. Cada aumento de 25 gramas/dia no consumo de frutas e vegetais brancos foi associado a um risco 9% menor de acidente vascular cerebral1. Maçãs e peras foram as frutas mais consumidas (55%).
Concluiu-se que a alta ingestão de frutas e vegetais brancos pode proteger contra o derrame5 cerebral ou AVC. Novos estudos são necessários para afirmar se a cor dos alimentos pode ser usada para determinar quais os benefícios estes alimentos podem ter para a saúde.

Fonte: Stroke – publicação online de 15 de setembro de 2011