31 de mar. de 2012

Dieta rica em gordura saturada pode diminuir contagem de espermatozoides. Ômega-3 ajuda a melhorar morfologia espermática

Dieta rica em gordura saturada pode diminuir contagem de espermatozoides. Ômega-3 ajuda a melhorar morfologia espermática

Pesquisadores dos departamentos de Nutrição e de Saúde Ambiental da Harvard School of Public Health, em Boston, examinaram a relação entre uma dieta rica em gorduras e a qualidade do sêmen, mostrando que as gorduras saturadas estão negativamente relacionadas à concentração do esperma, mas que uma alta ingestão de ômega-3 está positivamente relacionada à morfologia dos espermatoozoides. O artigo foi publicado pelo periódico Human Reproduction.
Dados de 99 homens foram estudados para examinar a relação entre a ingestão de orduras e a qualidade do esperma. Os níveis de ácidos graxos no esperma e no líquido seminal  foram medidos por cromatografia gasosa.
Os homens eram principalmente caucasianos (89%), com uma média de idade de 36,4 anos, 71% estavam com sobrepeso ou obesos e 67% nunca foram fumantes. A maior ingestão de gordura saturada foi negativamente relacionada à contagem total de espermatozoides no esperma e à sua concentração. Homens que ingeriam a maior quantidade de gordura saturada tiveram uma contagem 43% mais baixa e 38% menor na concentração de espermatozoides do que os homens que ingeriam menos gorduras saturadas. A maior ingestão de ômega-3 foi relacionada a uma morfologia espermática mais favorável.
Novos estudos, com amostras maiores, são necessários para confirmar tais achados.

Fonte: Human Reproduction, publicação online de 13 de março de 2012

15 de mar. de 2012

Consumo de carne vermelha pode aumentar risco de morte. Reduzir pelo menos uma porção ao dia diminui este risco em cerca de 7% a 19%

Consumo de carne vermelha pode aumentar risco de morte. Reduzir pelo menos uma porção ao dia diminui este risco em cerca de 7% a 19%

O consumo de carne vermelha tem sido associado ao aumento do risco para desenvolver doenças crônicas. No entanto, sua relação com a mortalidade permanece incerta. Estudo publicado pelo Archives of Internal Medicine mostrou que o consumo de carne vermelha pode aumentar o risco de morte, enquanto que a substituição de uma porção de carne vermelha ao dia diminui o risco de mortalidade em cerca de 7% a 19%.
Um estudo prospectivo longitudinal contou com a participação de 37.698 homens do Health Professionals Follow-up Study (1986-2008) e 83.644 mulheres do Nurses' Health Study (1980-2008) sem doença cardiovascular (DCV) ou câncer no início da pesquisa. A dieta foi avaliada através de questionários alimentares validados e atualizados a cada quatro anos.
Os resultados documentaram 23.926 mortes (incluindo 5.910 por DCV e 9.464 mortes por câncer) durante o seguimento. Após ajuste multivariado para estilo de vida e fatores de risco alimentares, observou-se que o consumo de carne vermelha processada ou não processada aumenta o risco de mortalidade geral, por doenças cardiovasculares e por câncer. Estima-se que a substituição de uma porção de carne vermelha ao dia por outros alimentos (incluindo peixes, aves, nozes, legumes, laticínios com baixo teor de gordura ou grãos integrais) diminui o risco de mortalidade em cerca de 7% a 19%. Outra estimativa é que 9,3% das mortes nos homens e 7,6% das mortes em mulheres podem ser evitadas se todos os indivíduos consumirem menos de meia porção de carne vermelha ao dia (cerca de 42 g/dia).
Concluiu-se que o consumo de carne vermelha está associado a um risco aumentado de mortalidade para DCV, câncer e mortalidade geral. A substituição da carne vermelha por outras fontes de proteína relaciona-se a um menor risco de morte.

Fonte: Archives of Internal Medicine, publicação online, de março de 2012
NEWS.MED.BR, 2012. Consumo de carne vermelha pode aumentar risco de morte. Reduzir pelo menos uma porção ao dia diminui este risco em cerca de 7% a 19%. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/289015/consumo-de-carne-vermelha-pode-aumentar-risco-de-morte-reduzir-pelo-menos-uma-porcao-ao-dia-diminui-este-risco-em-cerca-de-7-a-19.htm>. Acesso em: 15 mar. 2012.

13 de mar. de 2012

TAK-875: novo tratamento para diabetes mellitus tipo 2 melhora controle glicêmico com risco mínimo de hipoglicemia, publicado no The Lancet

 

TAK-875: novo tratamento para diabetes mellitus tipo 2 melhora controle glicêmico com risco mínimo de hipoglicemia, publicado no The Lancet
 
 
O agonista seletivo do GPR40, conhecido como TAK-875, é o novo medicamento para o diabetes mellitus tipo 2 na fase 2 de testes clínicos. Ele aumenta a secreção de insulina glicose-dependente sem alterar a secreção de glucagon nas ilhotas pancreáticas isoladas. A nova droga melhorou significativamente o controle glicêmico com risco mínimo de hipoglicemia.
O TAK-875 aumenta a secreção de insulina glicose-dependente sem alterar a secreção de glucagon em ilhotas isoladas em ratos e humanas. O GPR40 é um receptor acoplado à proteína G altamente expresso nas células beta do pâncreas. Ele é ativado por ácidos graxos livres e induz a secreção de insulina mediada por ácidos graxos livres (porém dependente de glicose). O TAK-875 aumenta a concentração de cálcio intracelular e promove a secreção de insulina pelas células-beta através da ativação do GPR40.
O estudo, publicado pelo The Lancet, verificou se a ativação seletiva farmacológica do receptor GPR40 pelo TAK-875 em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 melhorou o controle glicêmico sem risco de hipoglicemia. A administração de TAK-875 nas doses de 6.25, 25, 50, 100 ou 200 mg foi comparada ao uso de placebo ou de glimepirida (4 mg), uma vez por dia durante 12 semanas, em diabéticos tipo 2 que não tinham respondido à dieta ou ao tratamento com metformina. Na fase 2, o estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo teve como desfecho primário a alteração na hemoglobina glicosilada (HbA1c) em relação aos valores do início da pesquisa.
Os participantes foram distribuídos aleatoriamente para receber TAK-875 (n = 303), placebo (n = 61) ou glimepirida (n = 62). O TAK-875 melhorou significativamente o controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 com risco mínimo de hipoglicemia. Os resultados mostram que a ativação de GPR40 é um alvo terapêutico viável para o tratamento do diabetes tipo 2.

Fonte: The Lancet, publicação online de 27 de fevereiro de 2012
NEWS.MED.BR, 2012. TAK-875: novo tratamento para diabetes mellitus tipo 2 melhora controle glicêmico com risco mínimo de hipoglicemia, publicado no The Lancet. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/pharma-news/262315/tak-875-novo-tratamento-para-diabetes-mellitus-tipo-2-melhora-controle-glicemico-com-risco-minimo-de-hipoglicemia-publicado-no-the-lancet.htm>. Acesso em: 13 mar. 2012